O livro é passaporte, é bilhete de partida.
Bartolomeu Campos de Queirós

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Coisa mais linda II

"A beleza é tudo aquilo que você não dá conta de ver sozinho. [...] A beleza não cabe em você."
Perfeito...



Coisa mais linda

Adélia Prado sintetizando genialmente a importância da poesia para o ser humano. Emocionante!



Contos de fadas contra a violência


Interessante texto, que relata uma pesquisa feita com crianças leitoras e não-leitoras de contos de fadas, na revista Ciência Hoje das crianças.


Para ler, clique aqui.


Natureza...

Vale ler e discutir com os alunos esta reportagem da revista Ciência Hoje das Crianças, sobre este lindo peixinho descoberto em mares brasileiros.


Uma graça, não?


Ainda Lobato

Sugestão de nota de rodapé da professora Marisa Lajolo:

"Se você se incomoda pelo tratamento recebido por Anastácia, leia até o fim a história e pense no assunto."


sábado, 30 de junho de 2012

Poesia para refletir

Defini as três obras que vou estudar na minha dissertação. A pesquisa consistirá em analisar a constituição do poético e os modos de recepção dos leitores infantis.

Tempo de Voo
Autor: Bartolomeu Campos de Queirós
Ilustrações: Alfonso Ruano
Editora: Comboio de Corda


Sinopse: Muitos filósofos, matemáticos, físicos e poetas elegem o tempo como material de investigação em suas obras. Em Tempo de voo, Bartolomeu Campos de Queirós também resolveu se debruçar sobre este tema pouco palpável e tão enigmático. A partir do diálogo entre um homem e um menino, o autor proporciona ao jovem leitor a reflexão não apenas sobre a passagem do tempo, como também sobre a infância e o envelhecimento, sobre a memória e os sonhos, sobre a fantasia e a realidade, sobre a vida e a morte.

O grande protagonista do livro, entretanto, é mesmo o tempo, que assume várias formas: ele é invisível, mas tem mãos, barriga, coração e pés de galinha; é ligeiro e intocável, insone e aventureiro, frágil e amedrontador; é fio, é flor, é relógio, é sol; ele faz cócegas, desbota as asas da borboleta, dá presentes, morde e assopra; e é também amigo e terno, embora tenha seus caprichos. São inúmeras as metáforas usadas pelo autor para descrever o tempo, este senhor tão bonito.

Inspiradas no surrealismo, vanguarda artística do início do século XX, as impressionantes ilustrações de Alfonso Ruano acompanham o clima do texto. Elas remetem a um mundo fantástico e onírico, onde pontos de interrogação flutuam, uma casa-cérebro inflável destaca-se na paisagem desértica, os personagens se transmutam, um copo d’água gera uma nuvem, entre muitas outras imagens do inconsciente. O tempo, o sonho, a experiência, a ingenuidade, o velho e o novo se amalgamam irremediavelmente provocando no leitor uma sensação de estranhamento permanente.

Se um dia eu for embora
Autor e ilustrador: Anna Göbel
Editora: Autêntica


Sinopse: Num cenário luxuriante, em meio a árvores e flores e frutos, bichos e riachos, pássaros e borboletas, um menino e uma menina conversam sobre a vida e sobre como vão continuar juntos se um deles morrer… Texto curto, enxuto, carregado de poesia e de reflexões sobre vida, morte, natureza e amor.

O fazedor de amanhecer
Autor: Manoel de Barros
Ilustrações: Ziraldo
Editora: Salamandra


Sinopse: Este livro é o registro da união de dois artistas, dois gênios, dois grandes homens que nunca deixaram de ser crianças. Ziraldo, o poeta da cor e da forma, e Manoel de Barros, o poeta da palavra, que pega infinito em antena de mosca, colhe flor lascada na pedra, entorta paisagens só para o amor caber nelas. Os poemas de Manoel de Barros - ele já disse mais de uma vez - não são para ninguém entender. São para a gente esfregar nos olhos, espreguiçar e acordar mais feliz. E quando Manoel escreve e Ziraldo ilustra, a poesia acorda toda arrepiada de Sol... e quem amanhece é o leitor.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Poema sobre o poema

A obra é constituída por um metapoema lindo e comovente. Vale ler.


Isto é um poema que cura os peixes
Autor: Jean-Pierre Siméon
Tradução: Ruy Proença
Ilustrações: Olivier Tallec
Edições SM, 2007

Léo, o peixe vermelho de Artur, está muito quieto. Até parece que ele vai morrer de tristeza! E, para salvá-lo, Artur tem de lhe oferecer um poema. Mas o que é um poema? Artur pergunta para muitas pessoas, mas cada um dá a ele uma explicação diferente. Entretanto, da soma dessas respostas, o menino descobre um outro mundo: aquele das palavras, dos sons e das rimas.

Boi da cara preta

No III Congresso Internacional de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil, apresentei um estudo dos poemas "Dorme, pretinho" e "Macaquinho sem-vergonha" pertencentes a esta obra, que é fortemente marcada pela musicalidade.


Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (1983); Certificado de Livro Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (1983); Selecionado para participar da Feira de Frankfurt (1994).
Com belo jogo de palavras, Capparelli apresenta situações inusitadas que revelam às crianças suas alegrias e aflições. Alguns poemas lembram as parlendas; outros, as cantigas de ninar. Mesmo as crianças de mais idade encantam-se com o ritmo e as rimas apresentados nos poemas.

Ervilina e o Princês

Sucesso garantido por onde eu passo lendo para os pequenos...


Este conto de fadas às avessas foi publicado pela primeira vez em 1986. Depois de alguns anos fora de catálogo, ressurge numa edição que homenageia a autora carioca, falecida em 1997. A princesa esfarrapada, esmolambada e tão decidida que a própria Sylvia desenhou, agora ressurge nos recortes e colagens de Laura Castilhos. O texto nos faz rir e pensar e, como não podia deixar de ser, nos deixa com aquela saudade boa da Sylvia! 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Literatura na educação infantil

Muito bom saber que há projetos de leitura da literatura que estão dando certo...



O mundo da fantasia em festa

Hoje é Dia Internacional do Livro Infantil!


A data comemorativa foi criada em homenagem ao escritor Hans Christian Andersen, criador de clássicos como O Patinho Feio, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, A Princesa e a Ervilha, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Vendedora de Fósforos, dentre outros.

Um pouquinho de Andersen

A Disney adaptou a história A Pequena Vendedora de Fósforos para um curta-metragem, que acabou sendo finalizado sem distribuição aos cinemas.


(...) a literatura nos letra e nos liberta, apresenta-nos diferentes modos de via social, socializando-nos e politizando-nos de várias maneiras, porque nos textos literários pulsam forças que mostram a grandeza e a fragilidade do ser humano, a história e a singularidade, entre outros contrastes, indicando-nos que podemos ser diferentes, que nossos espaços e relações podem ser outros. O outro nos diz a respeito de nós mesmos – é na relação com o outro que temos oportunidade de saber de nós mesmos de uma forma diversa daquela que nos é apresentada apenas pelo viés de nosso olhar.

Cecília Goulart

segunda-feira, 26 de março de 2012

Lúcia Hiratsuka

Aproveitando a ocasião, vou mostrar um pouco da obra da escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, que deve estar "toda prosa", pois cinco títulos seus estão no catálogo brasileiro da Feira do Livro de Bolonha 2012. Com seus personagens orientais, desenhos em aquarela, de traços delicados, e um constante fundo claro, luminoso, a ilustradora vai construindo as suas histórias. Conheça os cinco títulos que fazem parte do catálogo.

A visita


Sinopse
Um ipê florido, uma capa iluminada, um menino que espia, um homem visitante. A narrativa visual de Lúcia Hiratsuka desvenda as ansiedades do menino-morador daqui, com curiosidades e expectativas sobre aquele que chega de lá.




Antes da chuva


Sinopse
A Global Editora lança Antes da Chuva, o segundo título da coleção Lia e Nico, criada pela ilustradora e escritora Lúcia Hiratsuka.
Segundo a autora, as histórias desta série são inspiradas nas brincadeiras e descobertas de sua infância passada em um sítio. Neste segundo livro, as crianças Lia e Nico, atraídas pelo latido do cãozinho Mamona, vão até a varanda da casa e encontram uma enorme folha com alguma coisa escrita: um convite para uma festa onde eles teriam que chegar antes da chuva...
A ilustração, em grafite e aquarela, abusa do espaço amplo em branco que dá a luminosidade e a quietude próprias desses momentos mágicos.






Ladrão de ovos


Sinopse
Laura e seu irmão Carlinhos desejam muito ter os próprios bichos de estimação, já que os cavalos e a vaquinha são do pai; os burricos e a cabrita, do avô; as galinhas e aves, da mãe e da avó (e um pouquinho deles também). Os gatos, bem, estes são da casa... Por isso ficam muito contentes quando o pai chega com dois cachorros de presente. Tudo corre bem até que os ovos começam a sumir do quintal. Serão os moleques da vizinhança? Um gambá? Intrigados, os irmãos resolvem investigar. Qual não é a surpresa ao descobrirem que o ladrão de ovos está entre eles. E agora, como lidar com a situação? 




O ogro e as galinhas


Sinopse
Essa coleção tem a ver com o meu quintal, num sítio, no interior de São Paulo. Ali eu cresci rabiscando sonhos no chão de terra. Vou juntando essas lembranças e criando histórias. Cuidei das galinhas, colhi frutas e verduras, brincadeiras e tarefas se misturavam. E o avô que aparece aqui é inteiramente inspirado em meu avô de verdade, que adorava inventar: Brincar era coisa séria para ele. Também brigávamos de vez em quando. Para ilustrar usei grafite, aquarela e pinceladas de sumiê (técnica japonesa). Fazendo esses livros, descubro que sou essa mistura - uma caipira com um toque oriental.





O noivo da Ratinha


Sinopse
A ratinha era linda. Casar-se com um simples ratinho? Os pais não queriam. Eles queriam um noivo muito importante, o mais poderoso do Mundo. Mas quem seria esse ser tão poderoso? Você vai conhecer uma fábula japonesa, em estrutura de lenga-lenga, e se divertir bastante nessa busca de um noivo ideal para a bela ratinha.




Imagens disponíveis no blog da autora.

Confira:



Feira do Livro de Bolonha

Há mais de um mês recebi o catálogo da Feira do Livro Infantil de Bolonha, mas só agora consegui escrever sobre o evento. Uma delícia olhar o catálogo brasileiro e identificar várias obras já conhecidas - e outras tantas ainda por explorar!




domingo, 25 de março de 2012

A menina e o vestido de sonhos

Retribuindo a visita de Cristina Sá, descobri esta linda história, escrita e ilustrada por Alexandre Rampazo e publicada pela Larousse Júnior. Nonsense, realismo fantástico e mundo onírico são elementos que compõem a obra poética, de acordo com o autor. Confira imagens do livro, retiradas do blog de Rampazo.









Mais:

sábado, 24 de março de 2012

O cabelo de Lelê

Ainda na leitura de Literatura Infantil: políticas e concepções, fui apresentada à Lelê, uma gracinha de menina, que, aos poucos, vai entendendo a origem de suas madeixas e atribuindo valor ao seu lindo cabelo. A história O cabelo de Lelê é uma narrativa verbo-visual que valoriza a cultura afro-brasileira de forma artística e humanizadora, sem ser moralizante. Escrito por Valéria Barros Belém e ilustrado por Adriana Mendonça, o livro, publicado pela Companhia Editora Nacional, também faz parte do acervo do PNBE/2008, disponível nas escolas públicas.






Imagens disponíveis originalmente aqui.

Tarde de inverno

Lendo o livro Literatura Infantil: políticas e concepções, conheci a história Tarde de inverno, um delicado e profundo texto poético, acompanhado de uma narrativa visual emocionante. Escrito por Jorge Luján e ilustrado por Mandana Sadat, foi editado no Brasil pela Comboio de Corda, com tradução de Fabio Weintraub. O título faz parte do acervo de Educação Infantil do PNBE/2008, disponível, portanto, em diversas escolas públicas do país. A capa da edição em Português, porém, não encontrei na internet. Compartilho, então, imagens do site do escritor e texto da obra em Espanhol, que encontrei no blog la doble vie de veronique


"Juega mi dedo en el vidrio empañado y dibuja una luna y dentro de ella a mi madre que viene por la calle y cabe justo en el dibujo que voy agrandando a medida que se va acercando hasta darme este abrazo que cabe exactamente detrás del vidrio del portarretrato."









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quinta-feira, 22 de março de 2012

História visual

Às vezes o acaso nos presenteia com deliciosas descobertas... Hoje, procurando às pressas um livro para trabalhar com um aluno, chegou às minhas mãos o título Pula, Gato, de Marilda Castanha. Com uma narrativa visual, a autora e ilustradora conta a comovente história de uma menina, que visita uma galeria de arte, e de um gatinho, que vive solitário em sua tela. A obra faz parte do acervo do PNBE/2010, que é distribuído às escolas públicas.






Sinopse
Em visita a uma galeria com quadros de artistas brasileiros, uma garota é surpreendida pelo gato da tela que há pouco admirara. Uma história inteligente, que retrata com criatividade e sensibilidade a interação do artista e seu público. Neste livro, feito apenas com imagens, Marilda Castanha faz uma releitura de obras de artistas que admira, como Tarsila do Amaral, Amilcar de Castro, Candido Portinari e Oswaldo Goeldi.

Pesquisando, descobri que a ilustradora também criou a história Pula, Preguiça. Desta vez, a menina visita um museu de história natural.



Sinopse
Um passeio a um museu de história natural se transforma em uma aventura pré-histórica quando uma menina se depara com o esqueleto de uma preguiça-gigante. Esta história, contada apenas por imagens, explora com imaginação o universo dos museus e suas coleções de objetos de outros tempos.

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